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As duas exigências que a produção do The Town e do Rock in Rio fazem em relação a marcas nos festivais

The Town além da música: festival tem mais de 70 opções de brindes em cerca de 80 ativações A segunda edição do The Town reuniu 420 mil pessoas e termin...

As duas exigências que a produção do The Town e do Rock in Rio fazem em relação a marcas nos festivais
As duas exigências que a produção do The Town e do Rock in Rio fazem em relação a marcas nos festivais (Foto: Reprodução)

The Town além da música: festival tem mais de 70 opções de brindes em cerca de 80 ativações A segunda edição do The Town reuniu 420 mil pessoas e terminou neste domingo (14) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O festival já confirmou uma nova edição. No mesmo dia, também foi anunciado o Rock in Rio 2026, que será realizado nos dias 4, 5, 6 e 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio. Os dois eventos são produzidos pela Rock World. Além dos mais de 100 shows em cinco dias de festival, o evento paulistano chamou atenção para outro fenômeno: as ativações de marcas. Foram mais de 80 espaços espalhados pelo Autódromo e cerca de 70 brindes distribuídos. Quem queria ganhar os mimos teve que passar mais de uma hora nas filas e participar das "experiências". O modelo repete o que já acontece no Rock in Rio: a Cidade do Rock se tornou um polo de entretenimento paralelo aos palcos. Segundo Roberto Medina, presidente executivo da Rock World, o público já espera esse tipo de ação e as marcas passaram a enxergar os festivais como vitrine essencial de exposição. Mas há critérios rígidos para a escolha de parceiros comerciais. A principal exigência, ele contou ao g1, é a ausência de marcas nos palcos. “O palco é do artista. As marcas estão na Cidade do Rock, mas não no palco. Isso é rigoroso desde o primeiro Rock in Rio”, disse Medina. Vale para o The Town também essa regra de não ter marcas nos espaços de shows e não batizar os palcos com nomes de empresas. Essa prática também faz parte do contrato com os artistas. A produção considera que a presença de logotipos poderia desviar o foco da apresentação e comprometer a identidade dos shows. Fã de biquíni se refresca com copo de cerveja no Rock in Rio 2013 Flavio Moraes/G1 Com a confirmação do Rock in Rio 2026 e de uma nova edição do The Town, a Rock World deve ampliar ainda mais as parcerias comerciais. Mas, apesar do apelo financeiro, Medina reforça que algumas propostas continuam fora de cogitação. “Já recusei ofertas muito lucrativas porque não faziam sentido para a história do festival”, disse. A estratégia, segundo ele, é manter o equilíbrio entre a experiência musical e o ambiente de marcas, sem comprometer a essência dos eventos. Outra exigência envolve bebidas mais fortes: a produção não permite a venda de destilados de maior teor alcoólico na área da plateia. “Neguei muitas vezes patrocínios de bebidas destiladas na área da pista. Sou um dos únicos festivais do mundo que não permite bebidas de alto teor alcoólico, desde o primeiro Rock in Rio. É uma questão de segurança”, afirmou Medina. A restrição não vale para cervejas, que seguem liberadas. O executivo justifica a diferença dizendo que a bebida tem efeito mais leve e é compatível com a proposta de convivência familiar dos eventos. Para ele, manter esse limite foi decisivo para a construção da imagem de segurança dos eventos.

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